terça-feira, julho 21, 2009

Lua... de Sangue


Para se ser leitor, basta ler. Para se ser fã, há que ir para além dessa leitura, ter algum interesse pelos autores, pela contextualização histórica das obras, ter alguma noção geral sobre a área em que se encaixa. Há também outra definição de fã, por vezes colada ao parentesco com a palavra "fanático", um gosto cego por determinado autor ou género, mas deixo de lado a análise dessa versão.
Por coincidência, ou talvez não, tem sido no campo da literatura fantástica que, a nível mundial, mais se tem notado esse sentido de fã, mais ainda de comunidade de fãs, por muitos apelidada de "fandom". Surpreendentemente, ou talvez não, essa agregação "quase-familiar", traz ao de cima tanto as vantagens de apoio e inserção das boas famílias, como de mesquinhez e tragicomédia das más.
Pelos exemplos que tenho visto, nomeadamente em Portugal e no Brasil, mas aposto que será assim nos outros sítios, a dada altura dá-se a "entrada" de uma nova geração no fandom, uma vaga de suposto salutar sangue fresco, que no entanto é muitas vezes recebida com cepticismo, e mesmo algum cinismo, pelas gerações mais antigas, por ventura vítimas do desencanto de tudo o que lhes correu mal desde a altura em que representaram elas o papel de "vaga renovadora". Esta "parede" de "Velhos do Restelo" pode ser tremendamente frustante e incompreensível para quem vem com vontade de construir, ajudar, evoluir. E o choque pode ter um de dois resultados, determinado em grande parte, julgo eu, pelo carácter das pessoas envolvidas: ou se trata de pessoas de boa índole, e, depois de muito martelar, começa a surgir do debate um ponto de partida aceitável para todos, ou nem todas as pessoas partilham desse carácter, e impera a acidez e baixeza dos argumentos, ou falta deles.
Obviamente, mesmo atingida a primeira, isso por si só não é garantia de sucesso. A uma base consensual tem de se seguir uma boa dose de trabalho para que o "impossível" se possa concretizar!


Vem todo este discurso a propósito do debate que ultimamente tem agitado algum do fandom português do Fantástico. Debate iniciado com alguma polémica, em resposta a uma crónica de Luís Rodrigues no site SF Signal, depressa se fez sentir esse generation gap no blog Correio do Fantástico. Os dois tópicos de discussão que se seguiram, aqui e aqui, mostraram o melhor e o pior do que o fandom parece ter para oferecer. No meio de tudo isto, prefiro pensar que ficou demonstrado que há um ponto de partida possível para se fazer mais pelo futuro de uma literatura fantástica de qualidade.
Incluindo-me no que se poderia chamar a faixa da "média-guarda" do fandom nacional, os que estão "ensanduichados" entre a velha-guarda e a nova vaga, sinto que ainda posso contribuir para essa evolução, apesar da experiência acumulada me aconselhar uma economia dos parcos meios. Há que não esquecer que boas intenções não são tudo, e, aliás, muitas vezes não passam disso mesmo. Além disso, para fazer avançar seja o que for, o investimento de capital emocional tem de ser sempre muito grande. É que as pessoas que se prestam efectivamente a ajudar são escassas, mas as que surgem para críticar abundam.
Aliás, não deixo de me surpreender com o desplante de algumas luminárias do meio. Luminárias que queimaram, dentro do fandom, quase todas as pontes que tinham para queimar, mas que, perante os "novos recrutas" não evitam adoptar um ar da mais alva beatitude e, quando velhas dívidas de sangue resurgem, da mais despudurada vitimização. Chega a ser constrangedor ver como tentam juntar os netinhos à volta da fogueira para lhes contarem como tudo começou... contando a história a partir de meio, onde lhes convém. Vem isto agregado a patentes disfunções de comportamento, agravadas pelo efeito que se sabe terem as novas tecnologias neste departamento. O que eram antes gotinhas de ácido destilado numa mesa de café, em conspiratória confidência, são agora rapidinhas em twitters e quejandos. Haverá melhor facadinha nas costas que aquela dada à vista de toda a gente?! Afinal de contas, só se insulta quando se dirige o insulto à cara/twitter/blog/post/facebook do alvo, não? Será?!
E como se lida com isto? O processo natural começa por enfrentar, argumentar, ficar chamuscado quando se começa a apanhar por tabela, por nos "metermos onde não somos chamados". Depois vem uma tentativa de encontrar um ponto de civilidade funcional que impeça novos confrontos, e aí acaba por se notar que se acordou algo que se vai recusar para todo o sempre a adormecer; uma vez entrados na "lista-negra", dita a paranóia que nunca mais de lá saiamos. Por fim, a fase em que me encontro, é abdicar de intervir, é deixar andar, é assobiar para o ar mesmo quando, para proveito de quem acabou de chegar, nos tratam como se fossemos amigos dilectos de longa data, uns compinchas. Mesmo quando nos respondem a perguntas que não lhes são dirigidas, mesmo quando fazem por ignorar a nossa patente indisponibilidade para entrar em diálogo directo. Resta-nos isso... e talvez um ou outro desabafo ocasional, como é este o caso!


Mas deixando de lado este amargo aviso à navegação, voltemos a coisas mais agradáveis. A quem vai dando nas vistas pelas melhores razões, também junto de novos públicos ou velhos públicos a necessitarem de serem de novo seduzidos para a literatura fantástica. É esse o caso da recente "entrevista" do João Seixas à rádio Antena 1. Oiçam (programa de 20/07/09, de Ana Aranha), é coisa rápida, nem chega a 5 minutitos do vosso tempo. E depois corram a comprar a antologia.
Serão estas iniciativas, e outras como esta, tomadas por membros da "velha-guarda" como João Seixas, ou da "nova vaga" como Roberto Mendes, Pedro Ventura, Joel Puga, Rui Baptista, Carla Ribeiro, e tantos outros, que nos trarão a possibilidade de irmos um pouco mais longe... vamos?

18 Comments:

At 7/21/2009 2:52 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

Obrigadinho pelas indirectas, Rogério.

Mas podes ficar descansado: nunca foste meu compincha e nunca serás meu compincha. Não somos, nem nunca seremos, amigos. Eu não esqueço quando me chamam Estaline e sim, é verdade, quem me chama Estaline entra na minha lista negra. Esse é insulto quase imperdoável.

Mas.

Mas pode sair. Quando foi a última vez que nós os dois estivemos em confronto? Lembras-te? Lembras-te dum aperto de mão, julgo que no primeiro fórum fantástico? Se bem me lembro, pediste-me desculpa nesse momento, e eu aceitei-a, ainda que não tenha ficado propriamente convencido da sua sinceridade. Nesse momento saíste da lista negra, e permanecerás fora dela a não ser que faças muita questão de reentrar. Este post foi, aliás, um bom passo para isso.

E de resto, tu és, ao contrário de outros, que só sabem repetir velhos erros, um elemento válido. O trabalho que fizeste com a Safaa no Fórum Fantástico foi das melhores coisas que o fundown tuga já produziu. E reconheço que, salvo o lamentável caso do Estaline, a que se soma agora esta brincadeirinha, a tua atitude até é das menos daninhas que há por aí. Tenho autorização para reconhecer esses factos? Tenho autorização para concordar contigo quando dizes coisas acertadas? Ou será que quando dizes que "uma vez entrados na "lista-negra", dita a paranóia que nunca mais de lá saiamos" estás na realidade a falar de ti?

Relativamente aos Dragões Quânticos, meu jovem, julgo eu, na minha ingenuidade, que tanto tu como os autores que lá publicaram teriam interesse em ter a informação o mais completa possível no único sítio que a fornece. O MEU interesse é certamente esse. Tenho no Bibliowiki informação sobre gente que não suporto. Porquê? Por um motivo simples: se queremos desenvolver projetos válidos, fazer birras é a melhor maneira de os destruir. Até estou a pensar meter lá o Blade Runner do Seixas, vê lá tu como as coisas são.

Não queres parar com a birra e fornecer-me essa informação? Juro que não vou passar a achar-te meu amigo por causa disso.

 
At 7/21/2009 5:21 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

Não foram indirectas, Jorge, foram mesmo directas.
Tu percebeste que era sobre ti, muita gente do fandom percebeu que era sobre ti, algumas pessoas não terão percebido que era sobre ti, ainda bem, por isso o texto foi escrito assim, quem percebeu já te conhece e tira as suas próprias conclusões, quem não percebeu escusa de saber o que penso de ti. Também eles irão tirando as suas próprias conclusões sobre ti, sem precisarem de saber a minha opinião.

Quanto à questão que parece corroer-te há tantos anos, se (mal) me lembro, terei apelidado de “estalinista” a forma como estavas a reagir na mailing-list de FC. Como qualquer pessoa pode avaliar pelas discussões recentes em que tens estado envolvido, o nível da uma conversa contigo pode “variar” bastante. “Estalinista”, ainda mais quando é usado numa analogia e não literalmente, “poderá” não ser o pior insulto de todos. Mas admito que cada um tem a sua escala de valores.

E foi precisamente por ter achado que o tom dessa discussão “variou” demais que decidi admitir isso perante todos, já que estávamos ambos numa reunião publica onde todos sabiam do que se tinha passado. E admiti que tínhamos ido os dois longe demais e que, se pudéssemos reconhecer isso e “enterrar o assunto”, eu da minha parte, pedia desculpas pelo sucedido. Daí ter-te estendido a mão. Se bem te lembras, Jorge, e pelo que escreves imagino que te lembres bem, apertas-te a minha mão e anunciaste alto e bom som, para espanto de quem nos rodeava, que, apesar de não estares convencido do meu arrependimento, aceitavas as minhas desculpas. Assim, com essa tua soberba intransigente que muitos de nós temos ficado a conhecer. Afinal, o que da minha boca saiu como um acto de reconciliação, no teu ouvido só conseguiu entrar como um acto de submissão.
Mesmo que não tenhas encontrado qualquer razão para fazeres a tua metade do caminho, volto aqui a reiterar o meu reconhecimento por ter excedido a que considero ser a etiqueta que se deve ter numa troca de opiniões. No entanto, como imaginas, nessa altura só desceste mais na minha consideração. E como tu bem próprio reconheces, nem me viste atacar-te mais por isso. Ou seja, paranóias e listas-negras, se as tenho, guardo-as para mim e tento ao máximo que não interfiram onde não são chamadas, nomeadamente na divulgação do género.

Isto não foi uma brincadeirinha, Jorge, foi um post muito sério, fruto de longa ponderação no que estava a escrever. Não me alegra ter de emitir esta opinião, mas é totalmente a opinião que tenho. E, perante o que interpreto como o teu revisionismo (bolas, esta também é estalinista!) colocado em lugares públicos, só me resta uma de três hipóteses: 1) calar-me, o que claramente já não consegui fazer, meã culpa; 2) lançar-me à discussão nesses mesmos locais, o que não fiz porque achei que era arrastar mais pela lama uma situação intolerável; 3) restringir-me ao meu blog, à minha casa, e exprimir a opinião que acho ser minha de direito exprimir.
O meu tempo livre é curto, e preferia não o ocupar com coisas destas, que definitivamente não me dão prazer. Mas para mim foi impossível assistir a algumas coisas sem alguma forma de reposição do que eu acho ser a verdade dos factos.

(continua)

 
At 7/21/2009 5:21 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

Quanto aos DQs, meu velho, o nº0 tem estado estes anos todos disponível na net, onde sempre esteve (http://dragaoquantico.planetaclix.pt/DQ_0.PDF ). E se a memória não me falha, tem sete (7!) anos. O nº5 deve ter uns 5 anos. Engraçado que para quem parece dar tanta importância aos fanzines nacionais, reconhecendo a sua quase inexistência (portanto o valor enorme de cada um), tenhas esperado tanto tempo para achar tão critica a sua divulgação para o futuro da literatura fantástica. Que cómodo… ou terá sido uma birra que abandonaste agora?!
Mas o DQ tem um site onde poderás consultar todas as capas, site aliás (http://www.dragaoquantico.web.pt/ ) que ninguém fica a conhecer ao visitar o Bibliowiki. Não fica a conhecer em relação ao DQ ou a qualquer outra publicação, ou mesmo a qualquer autor, porque nenhum tem um link sequer para fora do Bibliowiki. É pena que o Bibliowiki, em toda a sua utilidade, sirva simplesmente como uma fonte última de conhecimento, não se indo dali para o que seria realmente importante.

Quanto ao teu receio pelo impacto destrutivo das birras, talvez neste caso tenhas tu umas lições a aprender. Já te vi sair de muito projectos pelas tuas birras, nunca me viste destruir nenhum.

E como achega, desce um pouco do pedestal onde te enfias, Jorge. A mais que não seja, porque aposto que a validade do Blade Runner não é minimamente alterada quer figure ou não no Bibliowiki, e muito menos é afectada pelas birras que fazes.

E jorge, não gastes mais o teu tempo a responder. Nem o teu, nem o meu.

Rogério

 
At 7/21/2009 6:29 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

Há coisas fantásticas, não há?

Então vamos lá esclarecer esta merda duma vez por todas.

Começando pelo pedido de desculpas. Lembro-me razoavelmente bem dele, sim. Lembro-me de que o "estalinista" aparece num momento em que em nenhuma altura até então eu te tinha faltado ao respeito, e tu estavas a procurar por todos os meios defender um tipo que vieste a conhecer melhor mais tarde (se calhar tenho algum faro para estas coisas, não?). Sim, cada um tem os seus valores, e como tu sabes perfeitamente porque já te foi dito várias vezes esse insulto é dos piores que me podem dirigir, especialmente numa situação como aquela em que era absolutamente injusto.

Quando aconteceu o estender de mão foi sugestão minha, ou será que te esqueces convenientemente disso? E depois de a apertarmos, contigo a olhar-me de lado com cara de quem está a meter na boca um quilo de limões, eu disse-te aquilo que só podia dizer depois DESSA atitude: que embora não estivesse muito convencido da sinceridade daquele pedido de desculpa, o aceitava e te pedia também desculpa a ti por qualquer excesso que pudesse ter tido para contigo. É pena que também te esqueças convenientemente desta parte. Submissão, o tanas. Aquilo para mim foi um encostar o machado de guerra. Não um enterrar, porque tu nunca quiseste enterrá-lo e deixaste isso muito evidente ali mesmo, mas um pô-lo de parte. Um primeiro passo. Um cessar fogo entre iguais.

A menos que tu aches humilhante teres sido o primeiro a fazer o pedido de desculpa e a cara de ácido sulfúrico tenha vindo daí. Por isto que estás agora a dizer dá-me essa ideia. É? Se assim é, meu caro, lamento imenso, mas achava eu na altura, e ainda acho, que o primeiro pedido de desculpa devia vir de quem lançou o primeiro insulto. É uma questão de justiça básica. Mas não me importo nada de te pedir desculpa agora pela ordem em que levei as coisas a passar-se. Sei que a ordem foi da minha responsabilidade. Lembro-me de te ter dito qualquer coisa como "se me pedires desculpa por aquilo eu peço-te pelo outro e fazemos as pazes", ou algo assim. Não tive qualquer intenção de te humilhar, penses o que pensares. E se fosse hoje teria achado a ordem bem menos importante do que achei nessa altura. As pessoas crescem, acredites ou não. Já a sinceridade... continuo ainda hoje a não gostar mesmo nada de actos de pura hipocrisia. Que foi precisamente o que aquilo me pareceu naquele momento. Não fui só eu a descer na tua consideração, Rogério. Mas, tal como tu não me atacaste mais a mim, também eu não voltei a atacar-te a ti. É isso o que significa cessar fogo.

Em suma: se a cara de ácido foi por te teres sentido humilhado pela ordem, desculpa. Sinceramente.

 
At 7/21/2009 7:04 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

Relativamente ao QD, até que enfim que há algum progresso nisto.

Começando pelo nº 0: fui agora vê-lo, e de facto tens razão. Já o conhecia, já o tinha visto, já o tinha considerado para inclusão no wiki, e há muito tempo, ainda o wiki era enciclopédia, mas como o conteúdo não inclui nem nenhum conto nem nenhum artigo, acabei por não o incluir. Era esse o critério nos primeiros tempos do site. Hoje já seria incluído, mesmo que sem links no conteúdo. Foi esquecimento meu. Será corrigido.

O nº 5 é que ando há 5 anos a pedir que alguém me forneça os dados sobre o respectivo conteúdo. Tu, por exemplo. Pedi-o na lista mais do que uma vez e ou muito me engano ou cheguei mesmo a pedir-to directamente a ti uma vez (não juro que isto é verdade, mas tenho essa ideia), pedidos esses que tu ignoraste olimpicamente. Voltaste a ignorar este último, excepto para lançares um ataque pessoal. Simpático. Já que se fala de pedestais, aqui tens mais um. Se os achas tão daninhos que tal saíres de cima dele?

É que, sabes?, desde que o wiki é wiki que tu poderias ter ido acrescentar pela tua própria mão o que achasses que lá falta. Isso, claro, caso estivesses realmente interessado em divulgar aquilo a que também tu dizes dar muita importância. Essa crítica, Rogério, definitivamente tem carimbo de regresso ao remetente.

Críticas à falta de capas no bilbiowiki, por outro lado, são legítimas, mas queres ser tu a pagar o preço do alojamento de milhares de imagens? É que eu não posso, lamento. De modo que nem há capas dos DQs nem de mais coisa nenhuma. Ainda pensei nisso, mas depois fiz as contas.

Críticas à falta de links para sites de publicações periódicas também são legítimas, e talvez venha a implementá-los um dia. O mesmo pode ser dito relativamente a links para sites de autores, embora estes com mais dificuldade. Mas o problema dos links, e o motivo porque há muito poucos no wiki, é que são um pesadelo para gerir. Estão constantemente a cair na obsolescência, e se há coisa que dá mau aspecto num site é ter links para sítio nenhum. Se aquilo fosse feito por uma equipa, seria algo que se poderia implementar depressa e facilmente. Mas sendo quase só eu, é impossível. Nem relativamente aos das editoras, que são só aí uns 100, talvez até menos, consigo manter-me a par.

E a minha opinião sincera é que nem é tão fundamental como isso. O fundamental é que se saiba que as coisas existem; depois, o Google é nosso amigo.

Para terminar, eu, ao contrário de muita gente, reconheço os meus erros e, sim, aprendo com eles. Mas claro que quem se recusa a aprender ou sequer a admitir os seus e põe as mudanças nos outros na conta de "máscaras" nunca compreenderá tal coisa. É pena. Mas isso, meu caro, fala mais de ti do que de mim.

Ops, perdi o meu tempo a responder, afinal. É aquela esperança parva de que talvez haja uma ínfima hipótese de não ser uma completa perda de tempo.

 
At 7/21/2009 7:10 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

Jorge,

O carácter dessa pessoa, seja ele qual for, não serve de explicação para o que estava a acontecer. Além disso, na tua cegueira de o atacar, quem sabe por confiares demasiado no faro, já muita lama lançavas para todos os lados. Discussões em comunidade são assim, às vezes a comunidade comete o "erro" de intervir. E intervi, se bem me lembro, porque algumas das tuas afirmações denegriam projectos em que eu também estava envolvido, coisas muito para além do que eram as tuas quezílias com a dita pessoa. Aliás, sempre te foi dificil não caçar moscas a tiro de caçadeira. E alguém que te "cheira" a amigo do teu inimigo, sempre foi para ti um inimigo!

Quanto ao "estalinista", se me foi referido, foi depois disso, e por causa disso...

Quanto à cena da mão, temos claramente duas lembranças e duas interpretações diferentes. Pelo que me lembro, tomei eu a iniciativa de te estender a mão, assim como o pedido de desculpas, e nem teria lógica teres-me estendido a mão se continuavas a achar, e continuas, que não passas de uma vítima em tudo isto. E o teu pedido de desculpas, pelos vistos, se chegou a sair do teu cérebro, levou-o o vento!
Quem esteve lá, tirou as conclusões do que viu, concorde comigo ou contigo. Eu tirei as minhas, e deixo por isso mesmo...
Fazeres distinção entre enterrar o machado e encostá-lo dá-me a devida conta das várias nuances da tua natureza reconciliadora...

Enganaste, Jorge, eu não me sinto humilhado. Isso só acontece quando nos deixamos humilhar. E não é alguém como tu, por uma parvoíce dessas, que me vai fazer sentir humilhado.

Hipocrisia? Como imaginas, vindo de ti, a credibilidade dessas acusações é 0!

Continua, afinal ainda não chegaste ao fundo...

 
At 7/21/2009 7:27 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

Não, Jorge, não me mandaste um pedido por email. Não, Jorge, não vi o teu pedido na lista, nem me faria sentido que o fizesses por lá sabendo o meu contacto. Não, Jorge, não estava a sugerir colocares capas na wiki. Sim, Jorge, o beneficio de ter um link em muito ultrapassa o risco de desactualização. Não, Jorge, não sou Deus Omnisciente, não tenho de fazer tudo, não tinha de ir lá eu. O DQ tem dois sites, quando saia era divulgado numa enormidade de sítios, acho que fiz o bastante por espalhar a palavra quando o devia fazer. Sim, Jorge, aposto que os autores lá publicados são capazes de se sentir contentes com o trabalho que fiz. Sim, Jorge, se há 5 anos andas a pedir é porque se calhar já pouca gente te responde. Não, Jorge, não foi um ataque, foi uma defesa, uma explicação, um esclarecimento. Não, Jorge, há pedestais que acho que mereço, e não abdico sair de cima deles, por mais que certas calúnias me tentem derrubar. Sim, Jorge, o Google é nosso amigo, no meu caso, mais que tu. Não, Jorge, "máscaras" não as uso, apesar de ter umas quantas penduradas na parede da sala, se as usasse, não me dava ao trabalho de dizer exactamente o que penso de ti, acomodava-me ao silêncio. Sim, Jorge, também eu continuo a perder o meu tempo contigo, mas como podes ver pela escrita, não será por muito mais tempo...

 
At 7/21/2009 8:44 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

Numa coisa dou-te razão: tenho dificuldade em não caçar moscas a tiro de caçadeira. É verdade. É dos meus maiores defeitos e dos mais difíceis de corrigir. Na verdade estou aqui a fazer um esforço mesmo muito grande para não caçar mais esta mosca a tiro de caçadeira.

(Inspira, expira, mete a caçadeira no armário, OK, vamos lá)

(ah, e antes que apareça mais um mal-entendido idiota: não, não te estou a chamar mosca)

Memória selectiva é tramada. Sim, foste tu a estender-me a mão, mas só porque eu to sugeri. A frase já a referi. Não, não acho que sou vítima de nada: acho que naquela situação o insulto foi muito para além de tudo o que eu poderia ter feito (eu estava a atacá-lo a ele, Rogério, e tinha provas do que estava a dizer, ou pelo menos aquilo que estava convencido serem provas irrefutáveis; entretanto aprendi algumas coisas mais sobre IPs e posso ter tirado conclusões algo precipitadas... embora acontecimentos posteriores façam com que a pulga continue atrás da orelha) e que portanto naquela situação tu me devias mais desculpa do que eu a ti, embora eu também tas devesse pelo que acabei por te dizer depois. Tu talvez ainda não te tenhas apercebido disto, mas não há nenhuma discussão com inocentes: em todas ambas as partes são culpadas, embora uma possa sê-lo mais do que a outra. Mas adiante.

Sim pedi-te desculpa logo depois de aceitar as tuas, com as reservas que, pelos vistos, foram a única coisa que tu fixaste na memória. Quem não mostrou querer enterrar o machado foste tu, não eu. Impossibilidado de o enterrar, preferi encostá-lo a mantê-lo erguido, e já admiti poder ter errado ao obrigar-te a pedir desculpa primeiro, já te pedi inclusive desculpa por isso. Queres mais o quê? Tu nunca achaste que teres-me chamado estaline fosse nada de mais. Se eu não tivesse sugerido as desculpas mútuas nunca mas terias pedido, porque nunca te convenceste de teres agido mal. Continuas obviamente convencido de que só fizeste o que estava certo, e o problema é precisamente esse.

E se não te sentes humilhado, tanto melhor. E não te acusei de hipocrisia (mas será que já ninguém sabe ler neste país?): disse-te que foi o que me pareceu naquele momento. Percebes a diferença, espero eu.

E quando falei em pedir-te directamente os dados do DQ não falei em email, pois não? A ideia que tenho foi que foi presencialmente, num fórum fantástico, mas repito que disto não tenho a certeza. E se me disseres que com o stress daquilo te esqueceste, acredito e aceito prontamente. Já me custa mais acreditar que não tenhas reparado numa mensagem intitulada "Dragão Quântico", a mensagem nº 26277 da lista de FC, de 5 de Fevereiro deste ano. Sim, fui ver. E não, não encontrei mais nenhuma: pelos vistos neste particular é a minha memória que tem falhas. Nada como os factos objectivos.

Capas. Hm... OK, o "mas será que já ninguém sabe ler neste país" também se me aplica. Percebi-te agora. Mas não, as capas não chegam. Já foste ao Bibliowiki alguma vez na tua vida? Se não, vai, e vê o que se entende por "conteúdo". Não são só os nomes dos autores.

E sim, meu caro, foi um ataque que aqui me fizeste. Ataque pessoal e, mais uma vez, não provocado. Não foi a minha defesa a um ataque despudorado do Seixas que te tocou nem que fosse num cabelo. Acaso sequer falei em ti, eu? Estás a defender-te do quê, exactamente? Hm?

Ou será que vai ser essa agora a ficção que vais tentar fazer passar como desculpa para esta coisa que aqui escreveste? Para este ataque cheio de meias verdades que aqui puseste, como sabes perfeitamente que fizeste, a que eu até vim dar resposta com um civismo que ajuizando pelo tom que adoptaste provavelmente nunca mereceste?

 
At 7/21/2009 8:46 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

Eu ainda te diria que mais uma vez leste mal: tu é que me acusas a mim de ter máscaras, com aquela conversa de treta sobre a "forma despudorada" como isto ou aquilo. Como tu não mudas, nunca ninguém muda. Só põem máscaras, para influenciar as criancinhas a irem à casa da avózinha para serem comidas pelo lobo mau. Como tu não estás na disposição de ir verificar por ti próprio quem escreveu o quê e quando, e quem respondeu ao quê na questão do Seixas, sou eu que me faço de vítima. Ele não me caiu em cima com uma acusação de canalhice. Eu é que me faço de vítima.

Só por isto podia ter começado logo por te chamar mentiroso, Rogério. Bem sabes que era o que eu faria se não estivesse a tentar deixar de matar moscas a tiro de caçadeira. Mas em vez disso vim tentar perceber o que raio te move para te meteres desta forma em algo que não te diz respeito, sem que tivesses sido minimamente beliscado. Continuo, francamente, sem perceber.

Se calhar não vale a pena. Como tu próprio admites, com os teus odiozinhos de estimação não tens capacidade de ser objectivo. Eu sou uma dessas pessoas, pelos vistos. Seja. E, francamente, que se lixe.

 
At 7/22/2009 9:37 da manhã, Blogger Rogério Ribeiro said...

Fico feliz, Jorge, que afinal, mesmo contra a tua sensação inicial há alguns anos, não me acuses de ser um hipócrita. Dado que és uma pessoa frontal e sincera, depreendo que isso prova que não acreditas que eu seja hipócrita. Obrigado, Jorge, isso deixa-me muito contente.

Contente mas perplexo, Jorge.
Deixa-me explicar-te, para ver se entendes "o que me move". Terás certamente reparado que nunca comentei as opiniões que expressas no teu blog. Como imaginas, não é por não as achar por vezes completamente erradas, e expressas num tom menos próprio. Estás na tua casa, falas como queres do que queres. Mas, se na nossa casa fazemos as nossas regras (com o devido enquandramento das leis da República, é claro!), e só nos lê quem quer, em comunidade há que ter atenção a outras regras de comportamento, há que ter em consideração que se por um lado nos agrada ter mais público por outro há que ter em considração quem nos rodeia. E, se os obrigamos a levar com tudo o que nos apetece, damos-lhes implicitamente o direito de expressarem a sua opinião.

Ora, como já te expliquei mais acima, o que me moveu a escrever o post que estamos aqui a comentar foi a necessidade de repor algo que eu achei que faltava numa discussão que estava a decorrer numa espaço comunitário. As razões que me levaram a escolher esta forma, já as enunciei acima.
Assim, se não me achas hipócrita, acreditarás que estou a ser sincero, se achas que eu até tenho "das atitudes menos daninhas que por aí há", então acreditarás que não estou simplesmente a atacar-te. Acresce a isso que te enganas num ponto essencial: sim, Jorge, eu li todos os posts, teus e do Seixas, durante essa polémica. Posts... e Twits. Foi com toda essa informação que formei a minha opinião. Já me conheces o suficiente para saberes que eu não embarco em claques e cliques. Imagino que pela tua óptica eu tenha uma opinião deformada. Talvez, mas nunca mal informada!

O teu outro grande erro, Jorge, é ires lavar roupa suja em praça pública, prejudicando as exactas coisas que apregoas querer proteger, as mesmas pelas quais certamente me concedes que eu me tenho batido nestes últimos anos, e depois achares que isso "não me diz respeito".

E, Jorge, quem te chamou "odiozinho de estimação"? Quem admitiu que não tem capacidade de ser objectivo?! Imagino que esteja a ferir o teu ego ao dizer isto, Jorge, mas não me tiras o sono, nem me fazes espumar pela boca quando vejo uma foto tua. E, se conseguires desligar por momentos essa névoa avermelhada que te tolda a vista, o que eu escrevi foi isto:
"Ou seja, paranóias e listas-negras, se as tenho, guardo-as para mim e tento ao máximo que não interfiram onde não são chamadas, nomeadamente na divulgação do género."
É só impressão minha, ou viraste tudo ao contrário?!

Mas, Jorge, para terminar, e porque pelos vistos ainda não percebeste o que me move (o que não me admira, se nem percebes o que escrevo!), limitei-me a exprimir a minha opinião. Certamente que me concedes o direito a ter uma opinião, e a expressá-la no blog, não? Opinião claramente oposta à tua, é certo, mas a vida é assim, nem sempre os outros concordam connosco. Ponto final.
Haverá mais alguma coisa que valha a pena dizer?!

 
At 7/22/2009 2:52 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

Olha, se eu achasse que valia a pena e não soubesse perfeitamente que o resultado de o fazer seria ser de novo acusado de ter uma "fixação pelo Seixas", explicava-te tintim por tintim toda a sequência, com links, números de mensagens e tudo. Com factos, percebes? Começando na lista de FC e terminando no último ataque e naquilo que se lhe seguiu. Neste caso em particular quem quiser mesmo ser objetivo e não tiver velhas contas a ajustar olha para os factos e percebe.

Reagi com demasiada força? No outro fim de semana oh, sim, com toda a certeza. Aquilo foi uma recaída completa. Consegui a proeza inaudita de descer ainda mais baixo do que ele, como aliás reconheci num dos posts que pus na Lâmpada. Nas outras situações, e muito em particular nesta última, tenho sérias dúvidas. Ou será que tu ficarias calado e cívico depois de seres acusado daquilo? Pensa lá bem e responde honestamente: ficavas?

Duvido, e duvido mesmo muito. Nenhum de nós é perfeito, e tu és um de nós. Também já te vi metido até ao pescoço em confusões deste tipo, embora tenha sido raro e por isso mesmo comecei por dizer que eras um dos tipos com uma atitude menos daninha que por aí há. Mas não tens asinhas nem auréola, pá, desculpa que te diga.

Admito também o "erro de lavar roupa suja em praça pública", mas também aqui estou acompanhado por muita, muita gente. Alguns fazem-no mais de "mansinho", outros fazem-no mais à bruta, mas são muitos os que o fazem. Olha, tu, por exemplo. Podes chamar a este post opinião o quanto quiseres, mas na realidade o que aqui estás a fazer é aproveitar uma oportunidade para lavar roupa suja em público e ajustar velhas contas. Podes achar-te justificado por eu tê-lo feito antes com outra pessoa, mas bem vistas as coisas estás a fazer precisamente aquilo que criticas e a agir exatamente como uma versão ligeiramente mais branda aqui do lobo mau. Podias ter emitido a opinião sobre o estado e os problemas do fundown tuga sem ataques pessoais, como estás careca de saber, mas não, vieste a público com o sabão azul e as peúgas fedorentas atrás.

A verdade é que a atitude é generalizada, por mais que tu queiras pôr tudo na conta aqui do lobo mau Candeias. Prova-o a quantidade de confusões que houve por aí sem que eu tivesse nelas a mínima participação. Escuso-me de mencioná-las: tu, já que és um tipo tão bem informado, sabes bem quais foram. Ora, se há coisa que as perpetua eficientemente é arranjar bodes expiatórios convenientes e atirar-lhes para cima com as culpas todas. Enquanto não assumirmos todos os nossos erros nunca nada mudará.

Pensa nisso, se arranjares tempo.

 
At 7/22/2009 3:19 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

É pena achares que, olhando com objectividade para os factos, a única solução que existe à face da Terra é dar-te razão. Continuo a olhar para eles dessa maneira e a discordar de ti. Aparentemente, continuas a não entender o conceito.

É pena que aches que perante certas discordâncias a única resposta é a falta de civismo. Eu por mim continuo a mantê-lo, e tu, já que admites estar a poupar-me à tua "caçadeira", provas que também o consegues fazer ocasionalmente.

É pena que me digas que eu sou um de nós, quando nunca afirmei ser outra coisa para além disso.

É pena que aches que eu também me dedico a lavar roupa suja e a saldar supostas contas antigas, mas admitires que mesmo assim consigo ser mais brando que tu já me consola.

É pena que uses essa piada do "careca de saber". Como bem sabes, é a coisa mais ofensiva, atentatória da minha condição de ser humano que me podem fazer, mais vil que qualquer analogia geopolítica. O que agora me dá carta branca para desencostar o machado e tratar-te como bem me apetecer... ah! não resisti, só para te mostrar o ridículo de certas coisas que imputas aos outros!

É pena que aches que fazer de ti bode expiatório de alguma coisa possa ser o meu ânimo. Como podes ler acima, sempre assumi os meus erros.

É pena que desculpes os teus erros com os dos outros, e pior, que uses isso para atacar que tem a "ousadia" de os referir.

É pena que não exista no fandom pessoa que tenha criado tantas inimizades como tu. Será coincidência?

Enfim, é pena continuarmos a gastar o nosso tempo...

 
At 7/22/2009 4:25 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

É pena que aches minimamente comparável ser-se chamado de careca com ser-se comparado com um monstro sanguinário que matou milhões de pessoas e que continues a achar a ofensa com uma tal comparação ridícula.

(E nem me lembrei de que eras careca quando escrevi aquilo. Também é pena.)

É pena que realmente te recuses sequer a começar a compreender isto, como várias outras coisas. Não te vou fazer a injustiça de achar que não és capaz, porque isso seria grave: é mesmo recusa.

É pena que estejas tão convencido de que conheces os factos todos que nem sequer por um instante admitas que podes eventualmente enganar-te acerca deles e da interpretação que lhes dás.

É pena que aches que um tipo que me procura associar a um troll, não se poupando no processo a insultos diretos, está simplesmente a manifestar "certas discordâncias", como se tudo não passasse duma discussãozinha insignificante sobre a cor dum par de sapatos.

É realmente muita pena que continues a manipular as palavras desta forma para disfarçares os factos, mas isso realmente explica porque não te mostras chocado com certas atitudes de terceiros e me vens atacar a mim.

Enfim, tudo isto é pena, tudo isto é triste, tudo isto é fado. E enquanto a atitude for essa, tudo isto ficará tal e qual como está.

O que também é pena.

 
At 7/22/2009 5:06 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

Jorge,

É ridículo que conotes a analogia que fiz a um monstro sanguinário que matou milhões de pessoas, e que não a conotes com o tipo que não admitia opiniões contrárias à sua. Aliás, que continues a não admitir opiniões contrárias à tua é ainda mais ridículo.

É ridículo que te convenças que eu me “recuso sequer a começar a compreender”, quando já te disse que voltando a olhar para os factos (os que são públicos, e é disso que estamos a falar, de factos e de atitudes públicas, ainda disponíveis aos olhos de todos), mantenho a minha opinião. Seria ridículo concluir que para ti só existem dois tipos de pessoas: as que concordam contigo, e as que se recusam a compreender-te!

É ridículo que aches que eu não ponho a hipótese de me enganar, claro que ponho. Com tudo o que vi até hoje, continuo a achar que não me estou a enganar. Quando achar que o fiz, sem dúvida que o pedido de desculpas será colocado na primeira página do blog, exactamente onde foi colocada a minha opinião. Até lá…

É ridículo que continues a achar que tudo o que foi dito, onde foi dito e como dito, foi legítimo… por causa dos “outros”. É ridículo que afinal quem arranja bodes expiatórios sejas tu!

É ridículo que aches que manipulo as palavras para disfarçar os factos, quando as “manipulo” para nunca me sentir tentado a deslizar no nível da conversa. Talvez seja isso a que não estejas tão habituado. Mas, como dizias antes, amadurecemos com a idade, e uma das coisas que aprendi desde há uns anos para cá foi a evitar que voltasses a arrastar-me para um debate insultuoso. Independentemente de “manipular” o tom das palavras, o seu conteúdo é o mais directo e sincero possível.

É ridículo achares que os factos podem ser disfarçados. Descansa, os factos são públicos, e não há como os disfarçar.

É ridículo achares que tudo fica como está. Caso te estejas a esquecer, muito tem sido feito nos últimos anos, apesar destas picardias e outras que tais. E isso, no fundo, é o que interessa!

E disso, não tenho pena!

 
At 7/22/2009 5:19 da tarde, Blogger Jorge Candeias said...

Reafirmo tudo o que disse e não concordo com nada do que disseste à exceção do que vai de "Caso" até "pena!" Com isso concordo.

E fico-me por aqui.

 
At 7/22/2009 5:31 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

Claro, Jorge, estiveste sempre no teu direito de discordar. E eu no meu.

 
At 7/26/2009 11:33 da tarde, Blogger Francisco Norega said...

Antes de mais queria dizer o que disse à Safaa, acho que as participações nesta discussão que teve origem no Correio do Fantástico (e noutras) não devem interferir com as relações entre cada um de nós que participou nela. Quer dizer, as pessoas podem ter opiniões completamente antagónicas e dar-se bem na mesma.

E com isto queria dizer que deixei a minha contribuição para a discussão no meu blog :)
http://anagrama-anarquico.blogspot.com/2009/07/together-we-stand-divided-we-fall.html

 
At 7/26/2009 11:46 da tarde, Blogger Rogério Ribeiro said...

Olá.

Concordo plenamente contigo. Daí não me ter chateado com ninguém que tenha entrado nessa discussão com opiniões sobre o assunto, mesmo que diferentes da minha, como podes confirmar nesse blog. Claramente, o que me incomodou tem a ver com "outras" atitudes. Mas sobre esse assunto, devidamente documentado aqui, ponto final.

Obrigado, vou dar uma vista de olhos.

Um abraço,
Rogério

 

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